A prefeitura de Carnaúba dos Dantas realizou nesta quinta-feira (23) uma comemoração do aniversário do maestro Felinto Lúcio, que completaria 125 anos. Para isso, uma programa cultural vasta foi preparada para manter acesa o brilhantismo de um dos principais músicos da história do Seridó.
O cronograma começou às 5h, com uma alvorada puxada pela Filarmônica Onze de Dezembro. Às 7h, missa em ação de graças na Matriz de São José. Logo após, às 8h, realizamos a abertura da exposição na Escola Estadual Caetano Dantas, que perdurou o dia inteiro.
“O grande intuito de momentos assim é valorizar os esforços de quem levou cultura a muita gente. Felinto foi um gênio e nossa missão é fazer com que seu legado permaneça intacto e cada vez mais pessoas conheçam seus feitos e sua obra”, afirma o prefeito Gilson Dantas.
No fim da tarde, às 17h, uma sessão solene foi realizada na Câmara Municipal com a presença de artistas e autoridades. O prefeito anfitrião, Gilson Dantas, recepcionou as autoridades.
Por fim, às 20h, um concerto de encerramento foi preparado especialmente pela filarmônica Onze de Dezembro, com a participação do coral Amália Rodrigues de Carvalho (Acari), Filarmônica Maestro Felinto Lúcio Dantas (também de Acari), Euterpe Jardinense (Jardim do Seridó) e 11 de Fevereiro (Carnaúba dos Dantas). Além de Gilson, acompanharam também a cerimônia os prefeitos de Acari, Fernando Bezerra, de Parelhas, Dr. Tiago, o vice-prefeito de Carnaúba dos Dantas, Luiz Eduardo, além de familiares do artista.
*Felinto Lúcio*
Nascido em Carnaúba dos Dantas em 1898, Felinto aprendeu as primeiras lições musicais com um primo e compôs sua primeira música aos 17 anos. Em seguida foi compositor de valsas, mazurcas, dobrados e peças sacras. Uma parte do seu repertório está registrada em partituras que se encontram em mãos da família, em arquivo pessoal.
Em 1978, o Centro Cultural Mobral gravou em um LP duplo, algumas de suas obras, contando com a participação do maestro Radamés Gnattali. Em 1982 gravou depoimento para o programa “Memória viva”, da TV Universitária. Em 1983, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Ufrn) gravou outras de suas composições em um LP editado naquele ano. Em 1986, morreu deixando um legado de serviço à cultura do Rio Grande do Norte.