Por Dinarte Assunção
A Procuradoria Geral da República enviou para apuração no Rio Grande do Norte e mais dez estados procedimentos, a serem conduzidos pela Receita Federal, contra empresas citadas nos acordos de colaboração premiada de executivos e acionistas do Grupo J&F, dono da JBS.
Ao todo, 298 empresas estão envolvidas.
A investigação fiscal deverá revelar se as empresas foram utilizadas para encobrir repasses a agentes públicos e partidos políticos. O Leão quer saber – e devorar – quem recebeu o dinheiro e mapear crimes tributários.
Estão na mira dos procedimentos compradoras de carne da JBS, escritórios de advocacia, agências de publicidade e comunicação, editoras, empresas de transporte e firmas que atuam no setor de construção civil.
De acordo com o Fisco, as empresas eram “encarregadas pela emissão de notas fiscais frias para acobertar recebimentos ilícitos de recursos e posterior distribuição aos beneficiários finais, via contratação de outros serviços fictícios, saques em espécie e celebração de contratos de câmbio fraudulentos”.
Além do Rio Grande do Norte, os procedimentos foram abertos no Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás Acre, Rondônia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O STF e o STJ também foram acionados.
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