Vazamento de informações causa conflito no Judiciário potiguar

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Do Agora RN – O Ministério Público do Rio Grande do Norte, por meio do procurador-geral de Justiça Rinaldo Reis, disse ter “estranhado” a reação do desembargador Glauber Rêgo, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), que voltou atrás em sua decisão de apurar, dentro do próprio Tribunal, o vazamento de informações do processo referente às investigações da Operação Candeeiro, concernente ao deputado estadual afastado Ricardo Motta (PSB). A quebra de sigilo foi utilizada por Rêgo como base para afastar Motta de suas atribuições por 180 dias.

Em coletiva, o procurador Rinaldo Reis admitiu que realmente houve conteúdo vazado, o que foi, inclusive, documentado nos autos, muito embora o autor dos vazamentos ainda não tenha sido identificado, segundo informado pela instância.

O procurador, contudo, contestou a versão do advogado de Ricardo Motta, Tiago Cortez, de que o vazamento teria origem no próprio Ministério Público do Rio Grande do Norte. Conforme os fatos expostos pelo advogado de Motta, um “emissário”, a serviço de Rinaldo Reis, teria entregado um pedaço de papel ao deputado estadual que conteria números de processos existentes dentro do Judiciário relativos a Ricardo Motta, categorizando, assim, o vazamento de informações.

A informação, de acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Norte, foi exposta pelo advogado Tiago Cortez, após ele (Cortez) ter sido comunicado de que o procurador Rinaldo Reis havia descoberto o vazamento e o informado à Justiça potiguar, reforçando, em nova petição, a necessidade de investigação do caso e o afastamento imediato de Motta da Assembleia Legislativa, acatado por Glauber Rêgo. Rinaldo reforçou, durante a coletiva, que durante todo o processo da Operação Candeeiro e da Dama de Espadas, nenhuma informação sigilosa jamais havia vazado.