Você já deve ter brincado daquele famoso jogo pedra–papel–tesoura, conhecido em algumas regiões do Brasil como jokenpô. O que talvez você não saiba é que essa brincadeira dá nome a um projeto científico na UFRN cujo propósito é compreender as dinâmicas populacionais na biodiversidade.
O RPS-Bio (sigla para Rock Paper Scissor Biodiversity, em inglês) é o site que reúne os trabalhos e projetos do grupo de pesquisa de mesmo nome, coordenado pelo professor Josinaldo Menezes, da Escola de Ciência e Tecnologia (ECT) da UFRN.
A equipe busca compreender as dinâmicas populacionais estudadas por meio de simulações estocásticas a partir de simuladores desenvolvidos por seus próprios membros, implementando um sistema que envolve as relações comportamentais biológicas dos indivíduos e como eles podem se adaptar a situações da natureza que tragam risco ou que possam ser benéficas.
O interessante é que a base para as simulações é exatamente o jogo pedra–papel–tesoura. Com ele, é possível descrever as interações de espécies que competem por recursos naturais, em que uma depende da existência da outra, apesar de competirem entre si. Se um desses elementos é retirado, os outros se destroem.
O grupo possui seis projetos ou linhas de pesquisa e já conta com mais de uma dezena de artigos publicados em periódicos de grande relevância para a comunidade científica. Matheus Tenorio, integrante da iniciativa, detalha a relação do jogo com o projeto. “O jogo pedra–papel–tesoura é utilizado por muitos cientistas ao redor do mundo para explicar de certa forma por que existem tantas espécies na terra que conseguem coexistir ali no ecossistema. Então a gente ter simulado isso é importante, porque representa exatamente o comportamento da natureza”.
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