O presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), disse que o encolhimento de 1,89% da economia brasileira no segundo semestre do ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (19) pelo Banco Central, poderá retirar o apoio de governadores à presidente Dilma Rousseff. “A recessão na economia nacional produz consequências nas contas públicas federais, mas também chega aos estados. Esse fato poderá retirar o último pé de apoio com que Dilma ainda conta: o dos governadores dos estados diretamente atingidos na sua capacidade de governar”, destacou o parlamentar pelo Rio Grande do Norte.
Este é o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009, quando houve o recrudescimento da crise financeira mundial. De acordo com o Banco Central, esse foi o terceiro trimestre seguido de retração — apenas dois períodos de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) já caracterizam o que os economistas chamam de recessão técnica. A retração na economia deve-se à crise econômica e política, à baixa confiança das empresas e das famílias e à retração de investimentos e consumo.
Em 2009, última vez em que a economia havia entrado oficialmente em recessão, segundo a série histórica revisada do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB havia encolhido 2,2% nos três primeiros meses daquele ano, após ter recuado 4,1% nos três últimos meses do ano anterior.