O salário mínimo vem se desvalorizando em ritmo acelerado como o do real. A moeda é a que mais perde força entre as nações emergentes, diante das incertezas do governo nas áreas política e econômica, que já custaram a perda do grau de investimento do país pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. A política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff deixou a inflação sair do controle e as perdas continuarão sendo maiores ainda neste ano e no próximo, uma contradição para o PT, que está no poder justamente pela política de inclusão social.
Desde janeiro, quando valia US$ 295,98, o salário mínimo registrou uma desvalorização de 33%, para US$ 198,19, na sexta-feira, quando o dólar fechou a R$ 3,976. Essa importância é a menor desde 2009, quando o piso custava US$ 179,17, no meio do turbilhão da crise financeira global. Nos cinco anos de governo Dilma, a depreciação do mínimo na divisa norte-americana chegou a 38,6%, sem contar com a inflação do período, conforme cálculo do consultor Roberto Luis Troster, ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a pedido do Correio.
