Eduardo Cunha diz que “Dilma falou que poderia ajudá-lo com 5 ministros no STF”

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Na primeira entrevista desde que foi afastado da presidência da Câmara pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para a FOLHA DE SÃO PAULO, Eduardo Cunha acusa Dilma Rousseff de ter lhe oferecido “ajuda” de cinco ministros do Supremo em seu último encontro reservado com a petista, em setembro de 2015.

“Ela me convocou para falar de medidas e sei lá o quê e disse que tinha cinco ministros do Supremo para poder me ajudar”, afirmou à Folha.

À época, ele já havia rompido com o governo e acabava de ser denunciado pelo Ministério Público por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato –e discutia com a oposição a possibilidade de aceitar o pedido de impeachment.

Sem dar detalhes, Cunha diz ter mantido a suposta oferta em segredo até agora porque, “concretamente, ela não disse o que ia fazer”. “Considerei uma bravata.”

Antigo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo nega enfaticamente a versão e diz que Cunha não merece “nenhuma credibilidade”.

Mesmo afastado do mandato, Cunha usava o broche privativo dos deputados na lapela esquerda do paletó. Para a entrevista, vestiu uma gravata igual à do dia em que rompeu publicamente com o governo Dilma –17 de julho de 2015, data que repete sem precisar consultar a memória. “Fui alvo de uma cassação branca”, queixa-se.

À Folha o presidente contou como conseguiu evitar que o governo conquistasse um álibi para se livrar das pedaladas de 2015.

Ele aceitou o pedido de impeachment horas antes da previsão da votação pelo Congresso da nova meta fiscal, que poderia, segundo ele, dar à presidente um “discurso” para justificar as manobras.

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