O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a analisar vídeos da retirada de documentos da CPI mista dos Correios transportados ao arquivo do Senado em maio deste ano.
A medida faz parte da investigação sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) aberta na mesma época a partir da delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral.
Na delação, Delcídio contou que Aécio teria participado de uma suposta maquiagem nos dados sobre o Banco Rural enviados à CPI dos Correios em 2005. O objetivo da manobra seria esconder a existência de um mensalão mineiro durante os trabalhos na CPI, que investigou o mensalão do PT.
Na época, Delcídio era o presidente da CPI e, na delação, também disse que a adulteração dos dados contou com a participação do atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes que, na época, era deputado federal pelo PSDB.
A decisão de enviar os vídeos à PF para análise foi emitida no último dia 4 de outubro e publicada nesta segunda (17).
O objetivo é identificar os servidores que teriam transportado os documentos de uma sala da CPI para a Coordenação de Arquivo do Senado no dia 3 de maio, mesmo dia em que o inquérito sobre Aécio foi aberto.
