Embora o Palácio do Planalto mantenha um ar de distanciamento que corresponde pouco com a realidade, três dos principais atores políticos do governo Dilma Rousseff (PT) foram a campo nesta quarta (5) admitir com franqueza o óbvio: é grave a crise, e no momento, incontrolável. O mais eloquente foi o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), alçado desde o começo do ano a coordenador político. Num tom raramente visto de nervosismo, ele clamou por união nacional e admitiu a gravidade da situação política e econômica.
O vice-presidente também se colocou como alguém com “capacidade de reunificar todos”, o que num contexto em que o cargo da chefe está ameaçado por eventuais pedidos de impeachment e pela baixíssima aprovação, poderá ser objeto de especulações distintas.
