O Rio Grande do Norte vai receber nesta quarta-feira (10) mais um lote de vacina contra a covid-19. As 43.200 doses chegam à tarde e serão enviadas aos municípios, tão logo estejam liberadas, para que seja continuada a vacinação de idosos na faixa etária de 75 a 79 anos. No Estado, 737,4 mil pessoas fizeram o cadastro no RN+ Vacina.
O número de vacinados até agora é de 121.406, cobertura considerada muito baixa pela governadora Fátima Bezerra, que vem cobrando do Ministério da Saúde medidas para apressar o cumprimento do Plano Nacional de Imunização (PNI).
A expansão da vacina como forma mais eficaz e viável de deter avanço do novo coronavírus é uma das reivindicações do Fórum de Governadores, que está defendendo a criação de um pacto nacional em defesa da vida. “Estamos fazendo um apelo ao Governo Federal para que mais vacinas cheguem e possamos superar esse tempo difícil o mais rápido possível”, explicou a governadora.
Nessa terça-feira (9), Fátima Bezerra defendeu as medidas restritivas adotadas para ampliar o isolamento social no Rio Grande do Norte, diante do agravamento da pandemia. As medidas, mais duras, como o toque de recolher das 20h às 6h e durante todo o dia nos domingos e feriados, estão em vigor desde o sábado passado e foram implantadas após diálogo com diversos setores da sociedade potiguar.
De acordo com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), o número de casos confirmados de Covid-19 este ano já passa dos 40 mil, com reflexos na estrutura hospitalar montada para atender os pacientes que precisam de internação.
Às 17 horas dessa terça-feira (9), a taxa de ocupação de leitos críticos era de 96,1% no Estado. Considerada pelas autoridades sanitárias como o epicentro dessa nova fase da doença, a Região Metropolitana de Natal estava com 94,9% de ocupação, havia 78 pacientes na lista de espera por UTI e apenas 11 disponíveis. A taxa da região Seridó era de 94,4% e a do Oeste 98,9%.
Leitos
A governadora disse que o Governo do Estado está abrindo mais leitos para atender doentes graves, mas observou que existe um limite para isso, em função das dificuldades de comprar equipamentos no mercado e de contratação de mão de obra. “Há dez dias que o ministro Eduardo Pazuello ficou de enviar equipamentos para ajudar na expansão de novos leitos, mas até o momento só chegaram 10 ventiladores. As bombas de infusão não vieram. Não é por que o ministro não queira enviar, mas porque estão faltando.”
Da Tribuna do Norte
