Os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, apresentaram nesta segunda-feira (14) medidas que serão tomadas para promover o corte de R$ 26 bilhões nos gastos públicos e a geração de receitas de R$ 28,4 bilhões. Entre as iniciativas, estão o congelamento do reajuste do salário dos servidores e a suspensão dos concursos públicos previstos para o ano que vem. Para gerar receitas, a principal medida é a recriação da CPMF, o imposto de cheque, com alíquota de 0,2% e redução do IOF.
Programas sociais, como Minha Casa, Minha Vida serão afetados. Mas o principal impacto será na vida dos servidores públicos. Somente com a proposta de adiar o reajuste do salários, o governo espera reduzir R$ 7 bilhões de despesas. “A negociação continua. As condições serão as mesmas (do já discutido com servidores), mas estamos propondo que a data de reajuste passe de janeiro para agosto”, explicou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. A medida será feita por meio de projeto de lei. Já a suspensão de concursos públicos vai gerar uma economia de R$ 1,5 bilhão. O incentivo Abono de Permanência será eliminado. O programa social mais afetado, o Minha Casa, Minha Vida, perderá R$ 4,8 bilhões dos R$ 15 bilhões previstos para serem gastos no ano que vem com a iniciativa.