Insatisfeitos, governadores vão a Brasília cobrar apoio de Dilma as demandas estaduais

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governadores-reuniao-Foto- Lula Marques- Agência PT

Governadores de todo o País estão insatisfeitos com o tratamento que vêm recebendo da presidente Dilma Rousseff. Eles argumentam que foram convocados a se posicionar contra o impeachment da petista, mas não tiveram nenhum dos seus pleitos atendidos até agora. Os mandatários dos Executivos estaduais voltam a se reunir em Brasília, e devem aumentar o tom de crítica contra Dilma.

A gota d’água para azedar o relacionamento foi o fato de o governo federal ignorar o apelo feito pelos governantes para adiar o reajuste do piso salarial dos professores de janeiro para agosto. Quando soube do pleito, Dilma argumentou que, com a popularidade em baixa, não poderia arcar sozinha com o ônus de desapontar uma categoria tão importante e mobilizada. “Essa bomba não pode estourar no meu colo”, disse a interlocutores.

Ela teria sugerido, então, que os governadores elaborassem uma carta com o pedido. O documento foi feito, mas, mesmo assim, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou um aumento de 11,36% para os professores. No dia do comunicado, o ministro disse que o Executivo estava apenas cumprindo a lei e sugeriu que cada governador deveria procurar as entidades que representam os docentes para negociar o pagamento de acordo com a realidade fiscal do Estado.

A decisão do Executivo pegou os governadores de surpresa, além de deixá-los alarmados, já que os Estados estão com grandes dificuldades financeiras e têm atrasado o pagamento de salário dos servidores públicos.

Os governadores também criticaram o fato de Dilma ter vetado um dos pontos da lei de repatriação de recursos mantidos no exterior que destinava o dinheiro arrecadado para socorrer Estados e municípios. Auxiliares da presidente argumentam que ela fez isso justamente pensando nos Estados, já que a ideia é criar um fundo constitucional para compensar os entes federativos por perdas de receita com a reforma do ICMS. O governo pretende unificar a alíquota em todo o País, mas só obterá apoio se esse fundo for criado.

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