O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) deu posse a seus ministros em solenidade no final da tarde desta quinta-feira (12). Numa solenidade que durou menos de uma hora, o novo chefe do Executivo empossou 23 ministros, nove a menos do que havia no Governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
Em seu primeiro discurso após assumir o posto máximo do Poder Executivo, Temer afirmou que pretende fazer um Governo alicerçado numa coalização nacional entre o poder público, a iniciativa privada, os trabalhadores e a sociedade em geral. Segundo o peemedebista, este é o único caminho para salvar o país da profunda crise política e econômica em que se encontra desde o final de 2014.
“Reitero que é urgente pacificar a nação e unificar o Brasil. É urgente fazermos um Governo de salvação nacional, com partidos políticos, lideranças e entidades organizadas. O povo brasileiro h de prestar sua colaboração para retirar o país dessa grave crise onde nos encontramos. O diálogo é o primeiro passo para garantir a retomada do crescimento. Ninguém, individualmente, tem as melhores receitas para as reformas que precisamos realizar. Mas nós, Governo, Parlamento e sociedade, iremos encontrá-las”, destacou Temer.
O presidente em exercício disse também que seu Governo vai estimular as parcerias públicos privadas (PPPs), opinando que essa é uma das medidas necessárias para o país sair da crise. “Esse instrumento poderá gerar emprego no país. Sabemos que o Estado não pode tudo fazer. Depende da atuação dos setores produtivos – empregadores de um lado e trabalhadores de outro. São esses dois polos que nos levarão ao desenvolvimento”, afirmou.
Temer disse também que não pretende destruir as medidas que deram certo no Governo do PT, como os programas sociais. “Reafirmo – com letras garrafais – que vamos manter os programas sociais – o Bolsa Família, o Pronatec, o Fies, o Prouni, o Minha Casa, Minha Vida, entre outros, são projetos que deram, e, portanto, terão sua gestão aprimorada”, destacou.
“Queremos uma base parlamentar sólida que nos permita conversar com a classe política e também com a sociedade. “No Congresso Nacional estão representadas todas as correntes de opiniões dos brasileiros […] Nós vamos precisar muito da governabilidade, e a governabilidade exige o apoio da classe política e o apoio do povo, que precisa colaborar e as medidas que venhamos a aprovar”.