O presidente da subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil de Caicó, Marx Helder Fernandes externou seu repúdio com a decisão da Procuradoria-Geral do Ministério Público do Trabalho, de fechar a unidade de Caicó, responsável por atender todos os municípios do Seridó e do Trairi. Para Dr. Helder, não existe justificativa para o fechamento do órgão em Caicó, e é inadmissível que os trabalhadores do Seridó tenham seus direitos privados, para que benefícios, como o auxílio-moradia não deixem de ser pagos aos membros do Ministério Público do Trabalho.
“Tivemos avanços com relação ao trabalho infantil, o trabalho escravo, os problemas com relação ao trabalho no lixão, e agora fomos surpreendidos com a decisão do Procurador-Geral, determinando a extinção desse órgão em Caicó. Sozinhos não temos forças de entrar nessa luta, mas estamos levando esse pleito ao Conselho Estadual da OAB, e a população caicoense fique tranqüila, que o que estiver ao nosso alcance, a OAB jamais se furtará”, disse ao blog de Marcos Dantas.
Para o presidente da OAB, a saída da Procuradoria do Ministério Público do Trabalho de Caicó é mais um elemento, do que ele classifica de tentativa de desmontar a Justiça do Trabalho na região do Seridó. “É um prejuízo sem precedentes, não só para Caicó, mas para todos os municípios que compõem a Procuradoria. O avanço que foi dado com a chegada desse órgão em Caicó foi muito grande. Está sendo feita essa readequação no lixão devido ao trabalho da Procuradoria em retirar essas pessoas do lixão; o trabalho escravo em alguns tipos de atividade comercial, hoje também está se acabando, e é possível que tudo isso retorne, já que a fiscalização não será intensa como antes”, finalizou.