O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, foi alvo da Operação Pausare da Polícia Federal, realizada nesta quinta-feira, que apura fraudes no Postalis, o fundo de pensão dos carteiros. Os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do economista na capital federal. De acordo com fontes ouvidas pelo GLOBO, ele teria se oferecido espontaneamente a prestar depoimento na sede da PF.
O juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Paulo Rabello de Castro. Expediu ainda um mandado de condução coercitiva caso ele se recusasse a depor. Paulo Rabello é apontado como provável candidato à presidência pelo PSC.
A investigação nada tem a ver com o BNDES. Os investigadores estavam atrás de documentos, arquivos ou anotações que detalhassem a ação de uma antiga empresa do executivo em aplicações financeiras que supostamente deram prejuízo ao sistema de aposentadorias dos funcionários dos Correios. O rombo estimado no Postalis é de R$ 6 bilhões.
Relatórios de órgãos de controle, usados pela PF na investigação, apontam a atuação da SR Rating, empresa de classificação de riscos, nesses investimentos. O atual presidente do BNDES foi um dos fundadores dessa companhia e hoje é sócio licenciado desde junho de 2016. Procurado, Paulo Rabello não retornou as ligações.
Na decisão, o juiz cita o envolvimento da SR Rating no caso Mudar Master II. De acordo com a decisão do magistrado, trata-se de um investimento de R$ 109,8 milhões feito pelo Postalis em três Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) da MUDAR MASTER II PARTICIPAÇÕES S/A.
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