A Polícia Federal realiza desde o início da manhã desta sexta-feira (26) uma operação baseada em dados obtidos na delação premiada e acordo de leniência de um dos investigados da Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras. A operação desta sexta se chama “O Recebedor”. Segundo a polícia, há suspeita de pagamento de propina nas obras das ferrovias Norte-Sul e Integração Leste-Oeste.
Também são investigados crimes de cartel e lavagem de dinheiro fruto de superfaturamento de obras públicas.
Agentes foram às ruas de seis estados (Paraná, Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Goiás) e do Distrito Federal para cumprir 7 mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir à delegacia prestar depoimento) e 44 de busca e apreensão.
Na capital paulista, a PF foi à sede da construtora Constran, ligada à UTC, empreiteira de Ricardo Pessoa, um dos principais delatores da Lava Jato.
De acordo com a polícia, os investigadores concluíram que empreiteiras faziam pagamentos frequentes, por meio de contratos simulados, a um escritório de advocacia e duas empresas sediadas em Goiás como uma maneira de maquiar a origem dos recursos provenientes de fraudes em licitações públicas.
A operação desta sexta é o segundo desmembramento da Lava Jato. O primeiro foi a Operação Cratons, realizada em dezembro de 2015. Na ocasião, a PF investigou crimes ambientais e comércio ilegal de diamantes extraídos de terras indígenas da etnia dos cinta-larga, em Rondônia.