PMDB mineiro exigiu propina de R$ 400 mil mensais a Cerveró, diz delator

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Condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro e a 12 anos e três meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo do petrolão, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi pressionado pelo PMDB mineiro a pagar uma espécie de mensalão – no valor de 400.000 reais – quando ocupava o cargo de cúpula na petroleira. A informação consta de delação premiada do engenheiro elétrico Agosthilde Mônaco de Carvalho, que atuou como assistente de Cerveró na companhia.

Novo delator da Lava Jato, Mônaco disse ter sido informado por Cerveró sobre a pressão de setores do PMDB e afirmou que o ex-diretor foi afastado do cargo depois de não se comprometer a repassar dinheiro sujo para o partido. “O diretor Nestor disse que foi afastado da Diretoria Internacional da Petrobras porque foi pressionado a contribuir com a quantia de 400.000 reais por mês para a bancada do PMDB de Minas Gerais. Por não assumir esse compromisso foi afastado”, detalhou o delator em depoimento à força-tarefa da Lava Jato. Cerveró, contudo, não apontou que integrante do PMDB o havia pressionado e nem os políticos a serem beneficiados com o dinheiro sujo.

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