Politização sobre as contas de Dilma preocupa TCU

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Prestes a julgar as contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) estão preocupados com a politização do julgamento, diante da possibilidade de verem a decisão ser usada para embasar um pedido de impeachment da presidente. Esse incômodo foi tema de reunião entre seis dos nove ministros do tribunal na quarta-feira.

Há desconforto entre os ministros com declarações do relator, Augusto Nardes. Na última terça, Nardes disse que “não existe golpe nenhum” e que “as instituições têm de funcionar e ser fortes”, em reação à entrevista de Dilma ao jornal “Folha de S.Paulo”.

Ministros do TCU afirmam que é importante para o tribunal que a decisão sobre as contas de 2014 seja unânime. Essas conversas para tentar chegar a um consenso vão ocorrer depois que o governo entregar sua defesa. Ministros da Corte têm dito que não vão aceitar “distribuição de responsabilidades” pelas “pedaladas fiscais”, ou seja, atribuição da culpa a assessores como o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin. Segundo eles, quem responde por irregularidades é Dilma.

Para tentar evitar que o TCU rejeite suas contas de 2014, a Dilma vai sustentar que manobras como as “pedaladas fiscais” e a decisão de não cortar despesas foram motivadas por piora da situação econômica do país. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que a decisão de represar repasses de verbas a bancos oficiais foi uma “anomalia das flutuações econômicas.

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