Não passou de lorota o anúncio da presidente Dilma Rousseff, em outubro, e redução do seu próprio salário e o de todos os ministros em 10%. Quatro meses depois, a medida nem sequer saiu do papel e os salários dela e dos ministros, de R$ 30.934,70, continuam sendo pagos integralmente. Dos 3 mil cargos comissionados que o governo cortaria, apenas 528 foram extintos até agora.
A proposta está no Congresso, mas o governo e seus representantes não se empenham por sua aprovação. A mensagem presidencial transformou-se em projeto de decreto legislativo, mas dormi na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desde 15 de dezembro. O relator escolhido na CCj, deputado Décio Lima (PT-SC), nem sabia da designação. “Eu não estou sabendo que sou o relator. Se fui designado relator, ainda não fui informado”, afirmou.
Dilma também anunciou a criação de uma central de automóveis para unificar o atendimento aos ministérios, além de metas de gastos com água e energia, limites para uso de telefones, diárias e passagens aéreas, mas isso também não foi implementado até agora.