Situação de Delcídio Amaral cria uma nova categoria “Senador de Segunda Classe”

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Quando o Tiririca pediu votos pela primeira vez, empolgou o eleitorado paulista com o “pior não fica”. Tornou-se o deputado federal mais votado de nossa historia. Anos antes perguntaram ao saudoso dr. Ulysses como imaginava o futuro Congresso e ele não vacilou: “pior do que o atual, só o próximo.”

Pois não é que do alto de sua experiência de noventa anos, mestre Hélio Fernandes ilumina a crônica política com a afirmação de que, “no Brasil, o dia seguinte sempre consegue ficar um pouquinho pior do que a véspera?”

Na sexta-feira passada, depois detê-lo por 85 dias de prisão na Policia Federal e na Polícia Militar do Distrito Federal, o Supremo Tribunal Federal soltou o senador Delcídio do Amaral, líder do PT. Estava preso por haver obstruído a investigação de uma das múltiplas roubalheiras de um dos escândalos da Petrobras.

Saiu da cadeia para casa porque naquela noite a sessão havia sido suspensa, mas amanhã ocupará o plenário como integrante da bancada do PT, pois apesar de preso, não perde o mandato. Até continuou recebendo vencimentos e vantagens. O poder público permaneceu provendo-lhe as refeições, até a noite a libertação.

Delcídio é senador, mantém seu mandato, mas apenas pela metade. Quando o sol se põe, obriga-se a tomar o caminho de casa. Ficará vigiado de longe, só para saber se não escapuliu para a casa de um amigo, um cinema ou um restaurante. Estará proibido de frenquentar as sessões noturnas do Senado, mas seu voto valerá tanto quanto o de qualquer outro, durante o dia. Descobre-se, agora, a existência de senadores de segunda classe, por obra graça da mais alta corte nacional de justiça.

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