O Perímetro Irrigado de Cruzeta, fundado em 1973, atravessa um momento de renovada esperança com a recente recuperação do Açude de Cruzeta. Originalmente dedicado ao cultivo de cebola e feijão, o perímetro destacou-se pelo cultivo de tomate, que se tornou seu carro-chefe por duas décadas, com exportações para todo o Brasil.
Segundo Ronaldo Adriano, presidente da Associação do Perímetro Irrigado de Cruzeta, o período áureo do perímetro envolvia a colheita de 400 toneladas de tomate por safra, com a operação de até 20 caminhões.
Contudo, a primeira grande estiagem em 1993, que fez o açude secar, levou a uma interrupção das atividades. Após quatro anos de paralisação e a perfuração de novos poços, o perímetro voltou a operar até 2011, quando foi desativado novamente.
Com o recente enchimento do açude, a expectativa é que o Perímetro Irrigado de Cruzeta possa recomeçar suas atividades. Ronaldo Adriano revelou que uma reunião inicial com o CBH PPA e a ANA resultou na liberação de uma quantidade de água para o perímetro, mas a água só chegará após a realização de manutenções no canal.
A Associação planeja concluir uma limpeza no canal até o dia 31 de agosto. Após isso, o CBH PPA fornecerá água para encher o canal e identificar vazamentos. Dada a falta de recursos próprios, a Associação solicita que o DNOCS se encarregue dos consertos necessários.
Atualmente, 23 famílias dependem da agricultura familiar no Perímetro Irrigado de Cruzeta. Além disso, a Associação está concorrendo a um projeto de construção de uma adutora no Perímetro, através do Orçamento Participativo do Governo do Estado.
O projeto já foi classificado e está em fase de votação.
