Potiguar José Roberto é campeão do MasterChef 2024: “Foi preciso coragem para estar aqui”

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A temporada do MasterChef Amadores 2024 para o potiguar José Roberto se resume em superação e coragem – sentimentos descritos por ele mesmo, em entrevista exclusiva ao Band.com.br, após se consagrar campeão da 11ª temporada do talent show. A disputa emocionante contra Giorgia, vice-campeã, foi exibida pela Band na noite desta terça-feira (12).

“Sou grato pela superação e coragem que eu tive para estar aqui. Eu vim para cá com um sonho, uma mala e um discurso para fazer: o da valorização dos produtos brasileiros, do Nordeste do Brasil”, diz. E foi o que ele fez. Inclusive no menu autoral da final, é claro, quando o cozinheiro amador exaltou ingredientes característicos desta região do País, como caju, jambu, tucupi e babaçu. “Toda a vez que mentalizava esta final, não pensava em um cardápio refinado sem que tivesse representatividade”, conta. “O babaçu, no Maranhão, é subsistência de muita gente, além de uma colheita sacrificante. Já o caju é memória de infância. A colheita lá em casa, para mim, era como uma brincadeira”.

Diferentemente da sensação da colheita do caju na infância, o MasterChef para José Roberto não teve nada de brincadeira. Além das saudades de casa, o campeão conta que se sentiu subestimado pelos concorrentes algumas vezes. “Queriam me colocar neste lugar de ‘cozinha simples’ e que, por isso, não ia chegar na final. Nunca me disseram exatamente essas palavras, mas era o que eu sentia, o que me afetava”, relembra. Nessas horas, um telefonema para a família era técnica de sobrevivência. “Conversei muito com a minha esposa, e cada ‘chacoalhada’ dela, me sentia mais forte (…). Eles foram, e são, meu maior combustível. Queria entregar o máximo de mim, sempre com o foco na final”.

De ‘chacoalhada’ em ‘chacoalhada’ e prova em prova, José Roberto chegou ao troféu da temporada 2024 aprendendo não só novas técnicas, mas a ter mais coragem. “Minha maior vitória foi acreditar em mim. Já tinha o apelido de ‘MasterChef’ da família, mas eu queria mais. E, agora, acredito mesmo que posso mais. Aprendi a sonhar – e vi que sonhar é bom, mas realizar, melhor ainda”.

Todo mundo é e tem o valor que a gente quer dar. Por exemplo: um ingrediente maravilhoso, quando não valorizado, é só mais um. Assim é a nossa vida também. Contei a minha história no MasterChef como eu gostaria.

Os planos para a carreira de chef ainda são modestos. Com o dinheiro do prêmio, José Roberto quer estudar mais e comprar um ponto em São Luís (MA), onde – no futuro – possa ser o seu bistrô ou restaurante. “Ainda não sei se estou preparado para uma mudança de carreira, eu gosto do que eu faço… mas, sim, estou aberto. Se os frutos do MasterChef forem legais, vou pagar para ver”.

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