O Itamaraty não planeja enviar outro embaixador para representar o governo brasileiro em Caracas e o comando da missão deve ficar a cargo do encarregado de negócios no país. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, o ministério ainda não planeja cortar relações diplomáticas com Nicolás Maduro.
Ainda segundo a publicação, o Ministério das Relações Exteriores decidiu não enviar outro profissional para o posto por avaliar que, ao declarar o embaixador atual Ruy Pereira como “persona non grata”, Maduro não mirava problemas relacionados ao diplomata em si, mas sim o governo brasileiro.
No mesmo discurso em que expulsou o brasileiro do país, a ex-chanceler Delcy Rodríguez (que atualmente preside a polêmica Assembleia Nacional Constituinte chavista) também baniu o encarregado de negócios canadense, Craib Kowalik por comentários contra o chavismo em redes sociais.
Ruy Pereira foi indicado à função ainda no governo petista, sendo chamado para consultas (um sinal diplomático para demonstrar desaprovação quanto a alguma medida específica) em agosto devido aos fortes discursos de Maduro ao impeachment e ao presidente Michel Temer. Ele é conhecido por ter bom trânsito entre a cúpula chavista.
Como o Itamaraty já tinha anunciado que tomaria “medidas de reciprocidade correspondentes” após o ato, o embaixador Alberto Efraín Castellar Padilla também deve ser declarado “persona non grata” e terá de retornar a Caracas até a nomeação de um novo indicado que precisará ter as credenciais aprovadas por Temer antes de começar a trabalhar no país.
JB
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