Bens do ex-ministro José Dirceu, que somam cerca de R$ 11 milhões, serão leiloados no dia 26 de abril. Ao todo, quatro imóveis serão vendidos. Uma casa do ex-ministro, cujo terreno é de 500 metros quadrados, em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, foi avaliada em R$ 6 milhões.
Há ainda outra casa em condomínio de luxo em Vinhedo, cujo terreno é de 2300 metros quadrados, avaliada em R$ 1,8 milhão. Além disso, um imóvel num prédio na Saúde, na Zona Sul, foi avaliado em R$ 750 mil, e uma casa em Passo Quatro, Minas Gerais, em mais R$ 2,5 milhões.
Caso algum imóvel não seja vendido, haverá um segundo leilão em 4 de maio. Nesse caso, o preço sofrerá queda e chegará a 80% do valor mínimo da avaliação judicial.
Em despacho em 25 de janeiro, Moro lembrou que o ex-ministro estava inadimplente com IPTU dos imóveis e disse que havia risco de “esvaziamento” dos bens confiscados pela Justiça.
“Há inequívoco risco de esvaziamento do confisco pois o condenado José Dirceu, mesmo mantido na posse dos imóveis confiscados, não vem realizando, como a própria Defesa admitiu em petição, o pagamento dos tributos incidentes, como IPTU, ou de verbas de condomínio”, escreveu o magistrado.
Moro já condenou Dirceu a 32 anos e um mês de prisão em duas ações penais na Lava-Jato de Curitiba. Em março do ano passado, o ex-ministro foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena é de 11 anos e 3 meses de reclusão, mais multa de R$ 774 mil. Segundo a acusação do Ministério Público Federal (MPF), Dirceu recebeu vantagens indevidas em um contrato da empresa Apolo Tubulars com a Petrobras e teria ocultado e dissimulado o recebimento do dinheiro de propina por meio de contratos fictícios de consultoria de sua empresa JD Assessoria e Consultoria.
Em maio de 2016, ele já havia recebido a maior pena aplicada pela força-tarefa da investigação que trata sobre desvios de verba na Petrobras: 23 anos e 3 meses pelos crimes de corrupção passiva, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O GLOBO
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