Não existe precedente na história da Câmara de Caicó onde uma minoria conseguiu de fato emplacar a presidência da Casa. Os desdobramentos devem acontecer em duas vertentes. A primeira no âmbito jurídico, com ações, inclusive, com pedido de medida cautelar. A outra no âmbito legislativo, onde a maioria poderá anular a eleição e convocar uma nova onde a metade mais um, deverá definir a situação.
Pegando como exemplo os últimos anos, um grupo de oito vereadores que tinham como candidato Nildson Dantas realizou no dia 12 de setembro de 2013 em sessão extraordinária e com registro de chapa coletiva a eleição antecipada para o biênio 2015/2016. Com a maioria obteve a vitória. Na época, o presidente da Casa era Lobão Filho que boicotou a eleição, em ato da presidência anulou a sessão, entrou com ações judiciais, mas mesmo assim não reverteu, pelo simples fato de não ter a maioria dos membros da casa.
Outro ato que chama atenção nos últimos anos foi a destituição do então vereador Dr. Valdemar Araújo da presidência da casa, no dia 13 de janeiro de 2011. Uma assembleia extraordinária que foi realizada com oito vereadores deliberaram pelo afastamento temporário do presidente, depois afastamento definitivo e eleição que culminou com a vitória de Leleu Fontes para o biênio 2011/2012. Mesmo com várias ações na justiça, Dr. Valdemar não reverteu a decisão do colegiado também pelo fato de não possuir maioria absoluta dos membros da Casa Legislativa.
Na democracia e com pleno Estado democrático de Direito Vale-se do princípio da maioria numérica ou a regra da maioria.
