
Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente Michel Temer admitiu, em entrevista à rádio CBN, que conversou com lideranças do PSDB para uma aliança nas eleições de outubro. Ele condicionou, no entanto, o apoio do MDB a uma candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) a uma defesa do legado do governo na campanha.
O emedebista afirmou que foi procurado por tucanos e conversou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a formação de uma frente única de centro no pleito eleitoral. “Tivemos uma longa conversa a respeito de uma candidatura única das forças governistas”, disse Temer, sobre a conversa com FHC em São Paulo na semana passada.
Temer declarou que pode ser candidato à reeleição, mas admitiu que poderia abrir mão para apoiar outro candidato, como Geraldo Alckmin ou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). A condição, no entanto, é defender as realizações de sua gestão.
“Claro que precisa defender as teses do governo. Se o sujeito vai ou não vai com a minha cara, eu não me incomodo minimamente, tenho condições psicológicas tranquilas. O que eu quero é que ele vá com a cara do governo, com a cara das teses do governo. Porque, se for falar mal do governo, evidentemente eu serei contra.”
Ao comentar sobre a possibilidade de o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, filiado ao PSB, entrar na corrida presidente, o emedebista disse ter dúvidas se o jurista pode ser apontado como um “outsider”. Temer ainda criticou a ideia de uma candidatura que seja “antipolítica” porque a administração pública está, segundo ele, enraizada no conceito de política.
Estadão
Powered by WPeMatico
