
Foto do calçadão de Ponta Negra durante uma de suas recorrentes crises agudas de falta de gestão
Em uma semana, duas notícias de investimentos marítimos em regiões próximas a Natal chamam duplamente atenção.
Por um lado, Lucena, na região metropolitana de João Pesssoa, e Fortaleza demonstram que não cabe retrovisor e lamentação e que a gestores compete buscar alternativas, por mais adverso economicamente que seja o cenário.
Na semana passada, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, do PDT, assinou contrato de US$ 83,25 milhões, quase R$ 310 milhões, para a nova beira-mar de Fortaleza.
Na falta de recursos próprios e aceitando que não adianta esperar por Brasília, Roberto foi ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
Voltou com recursos assegurados para, além da nova beira-mar, revitalizar corredores turísticos e gastronômicos; investir em profissionalização voltada para o turismo, o que permitirá a geração de emprego e renda.
Em Lucena, também na semana passada, a Superitendência de Administração do Meio Ambiente, emitiu a licença de instalação de um estaleiro que tem previsão de investir mais de R$ 3 bilhões de reais.
Trata-se de uma parceria entre americanos, chineses e paraibanos. Ao expor o projeto aos paraibanos, os chineses explicaram que, em 20 anos, uma ilha asiática com as mesmas características de Lucena cresceu 10 vezes. A cidade paraibana tem hoje quase 13 mil habitantes.
No Rio Grande do Norte, Natal segue sua vocação inequívoca em dar as costas para o mar.
A obra mais importante que a cidade viu pelo turismo nos últimos anos foram os letreiros de “Eu amo Natal” cravados na orla. A qualquer momento, o avanço do mar pode levar as letras como faz corriqueiramente com a orla urbana da cidade, problema recorrente e ignorado pela Prefeitura do Natal.
O que restou de sobra ao Governo da Paraíba, à prefeitura de Lucena e à prefeitura de Fortaleza – aliás do mesmo partido do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves – não nasce no solo potiguar.
A boa vontade na política é melhor exemplificada quando a mesquinhez é superada pelo interesse coletivo.
Nem uma marina Natal consegue tirar do papel. Falta o vigor necessário para discutir o zoneamento da cidade e o comprometimento dos gestores da capital com a seriedade.
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