O ex-secretário de Obras de Parnamirim, Naur Ferreira, foi apontado pelo Ministério Público do Estado como beneficiário de valores desviados da prefeitura na ordem de R$ R$ 391,258,00.
Os valores foram transferidos da Enertec, do empresário Maurício Guerra, para a empresa Ferragens Souza LTDA ME, de Raul Ferreira de Souza e Silva, filho de Naur. Comprovantes de transferência atestam a transação.
À Enertec, a Ferragens Souza, diz a investigação, não prestou nenhum serviço. Para justificar as transferências, Maurício Guerra forjou contrato de aluguel de veículo e máquinas, segundo o Ministério Público afirmou à Justiça, com base em depoimento de colaboradores.
Tanto Maurício como Naur são descritos na investigação como amigos. O MP também descreve como papel do ex-secretário de Obras ascendência sobre o controlador-geral do Município, José Maria da Silva.
“O ex-Secretário Naur estava se beneficiando pelo recebimento de propina pra subsidiar a campanha eleitoral do mesmo para o cargo de Prefeito do Município de Parnamirim, referente às eleições municipais de 2016, em troca da manutenção do contrato da empresa ENERTEC com o Município de Parnamirim”, diz o documento que embasou a Operação Curto Circuito.
Comprovantes

Comprovantes de transferências sem serviços prestados levam MP a concluir que fraudes também beneficiaram Naur Ferreira
Para lastrear a autorização de busca e apreensão, os promotores de Parnamirim juntaram comprovantes de transferência da Enertec para a Ferragens Souza. Os pagamentos foram entre 2013 e 2015.
Consultando o serviço de tributação estadual, todavia, a Promotoria de Justiça verificou que não houve prestação de serviço entre as empresas. Também não foi identificado, tanto para uma como para a outra empresa, qualquer emissão de nota ou documento sobre prestação de serviço entre si.
“Assim, resta demonstrada a grande probabilidade do ex-Secretário NAUR ter usado a empresa do filho RUa Ferreira de Souza e Silva pra receber propina e lavar dinheiro em favor da campanha eleitoral do seu pai, nos anos imediatamente anteriores ao ano eleitoral (2016)”, descreve o Ministério Público.
Raul e Ruan estão presos provisoriamente. A reportagem não conseguiu ainda contatar a defesa de ambos.
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