PCdoB diz que ‘em qualquer circunstância’ Manuela D’Ávila será candidata a vice na chapa encabeçada pelo PT

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Partido Comunista do Brasil (PCdoB) divulgou nota nesta segunda-feira (6) informando que a deputada estadual Manuela D’Ávila (RS) será candidata a vice-presidente “em qualquer circunstância” na aliança que, além do próprio PCdoB, reúne o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o Partido da Causa Operária (PCO).

De acordo com a nota, Manuela será vice mesmo se a Justiça Eleitoral rejeitar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que encabeça a chapa. Neste domingo, o PT anunciou que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad será o candidato a vice na chapa de Lula

Lula está preso desde abril em Curitiba, condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro – o que, de acordo com a Lei da Ficha Limpa, o torna inelegível. Mas o PT e Lula contestam. A questão precisa ser decidida pelo TSE e só deve ser julgada depois do dia 15, prazo final para registro das candidaturas.

Pelo acordo entre PT e PCdoB, Manuela substituirá Haddad como vice de Lula se o ex-presidente tiver a candidatura deferida pela Justiça Eleitoral ou será vice de Haddad ou outro nome do PT caso Lula tenha a candidatura indeferida.

Com isso, o PCdoB deve retirar a candidatura de Manuela à Presidência, oficializada na última quarta-feira (1ª) em convenção da legenda.

“Face à circunstância excepcional em que o ex-presidente Lula está arbitrariamente preso, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad será registrado como vice-presidente para vocalizar a orientação do ex-presidente até que se esclareça a estabilidade jurídica da candidatura de Lula. A seguir, em qualquer circunstância, Manuela será candidata a vice-presidente, seja com o deferimento ou não da candidatura de Lula”, diz a nota do partido.

O PCdoB justificou a decisão defendendo a união da esquerda, mas, lembrou na nota divulgada que a fragmentação continua – o Partido Democrático Trabalhista (PDT) oficializou a candidatura de Ciro Gomes, e Partido Socialismo e Liberdade (Psol) aprovou a candidatura de Guilherme Boulos. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) decidiu não apoiar formalmente nenhum candidato e liberou os diretórios estaduais para fazer campanha para qualquer presidenciável à exceção de Jair Bolsonaro (PSL).

“Inviabilizada a unidade mais ampla dos partidos de esquerda, na reta final do prazo legal para definições, o PCdoB e o PT, conjuntamente, persistiram na busca de uma aliança e intensificaram as negociações entre si, tendo em conta que ambos os partidos e outras legendas construíram juntos, ao longo de trinta anos”, afirmou o partido.

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