Em apoio aos servidores do Paraná, que pedem reajuste de 8,17% nos salários, um professor da rede federal de ensino decidiu se acorrentar em frente da Assembleia Legislativa (Alep) e iniciar uma greve de fome até que a reivindicação seja atendida. Em entrevista, Pierre Pinto, de 39 anos, contou que já são mais de 72 horas sem comer e que esta é a segunda vez no ano que realiza este tipo de paralisação.
“Eu estava na minha terra natal (Boa Vista, no estado de Roraima) e realizamos um protesto contra o alto salário dos vencedores, uma vez que a região é muito carente e eles estavam recebendo um valor absurdo. No nono dia de greve, obtivemos a vitória e agora vamos conseguir novamente”, disse.
O professor conta que a primeira greve de fome ocorreu um dia antes da “Batalha do Centro Cívico” e decidiu vir para Curitiba após ser ameaçado. “Já após a vitória, alguns pistoleiros me ameaçaram e eu decidi vir para cá, já que meu irmão é professor do estado. Meu protesto só começa agora porque levei um tempo para me recuperar”, explicou.
Na primeira greve, Pierre conseguiu ficar de pé por cinco dias e necessitou de um apoio médico maior a partir do sexto.
