Caicó no centro de uma crise política/administrativa jamais vista

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Desde que foi preso e afastado do cargo de prefeito de Caicó na deflagração da Operação Tubérculo, Robson Araújo, conhecido por Batata, desencadeou uma das maiores, se não a maior, crise de instabilidade política em um dos maiores municípios do Rio Grande do Norte.

Antes mesmo de sua prisão, quando deflagrada a Operação Blecaute (desdobramento da Operação Cidade Luz) que apurou irregularidades no setor de iluminação pública, Batata Araújo já não estava mais com maioria no Legislativo municipal. Com a aproximação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) e risco eminente de perder o cargo, Batata se agrupou com antigos adversários e o resultado foi visto e denunciado na Operação Tubérculo.

Somado a isso, sem maioria, o grupo na maioria formado por aliados do então prefeito Batata Araújo, realizou manobras e conseguiu, com apenas sete dos quinze votos da Câmara, eleger antecipadamente a mesa para o biênio 2019-2020. Nesta quinta-feira (29) a justiça anulou a votação e determinou nova eleição imediatamente após a Casa legislativa ser notificada.

Neste turbilhão político, uma comissão, com vasto material probatório cedido pela investigação do Ministério Público, que acusou o prefeito de recebimento de propina de cerca de 70 mil reais para manter contratos no setor de iluminação pública, tenta caminhar para finalizar o processo que pede a cassação do mandato do prefeito afastado.

Vale ressaltar que nunca antes da história política da capital do Seridó, um prefeito foi preso no pleno exercício da função. A população aguarda seu reestabelecimento político/administrativo.