Agências da ONU dizem que israelenses e palestinos têm de priorizar direitos das crianças

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Os direitos das crianças continuam sendo violados em Gaza, na Cisjordânia e em Israel, de acordo com um comunicado de três altos funcionarios da ONU, que trabalham na região.

Em nota, divulgada nesta quarta-feira,  eles se dizem “profundamente preocupados” com relatos contínuos de “crianças mortas ou gravemente feridas, algumas com apenas 11 anos” em áreas administradas por autoridades palestinas.

Autores

Assinaram o comunicado, o coordenador humanitário para os Territórios Palestinos, Jamie McGoldrick, o chefe do Escritório de Direitos Humanos na região, James Heenan, e a representante especial do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, Genevieve Boutin.

Os três disseram que todos os responsáveis precisam tomar medidas concretas e imediatas para “permitir que as crianças vivam sem medo.” Segundo eles, “as crianças em Israel estão expostas a trauma, medo e ferimentos graves.”

A nota afirma que  em todos os Terrotórios Palestinos, mais particularmente a Faixa de Gaza,” as crianças tem todos os seus direitos “roubados”.

Números

Sete crianças palestinas foram mortas durante ataques de Israel em julho. Já do lado israelense, duas meninas de 14 e 15 anos também sofreram ferimentos causados ​​por foguetes lançados por grupos armados palestinos.

A ONU informa que, desde o início das manifestações em 30 de março, 26 crianças palestinas foram mortas, 21 baleadas durante as manifestações, cinco perderam a vida em ataques aéreos.

O comunicado ressalta que “várias dessas crianças sofrerão deficiências ao longo da vida, inclusive como resultado da amputação de membros”. Além disso, milhares precisam de assistência psicossocial urgente, atendimento médico especializado e apoio para reabilitação.

Dificuldades

Os autores também destacaram a crise humanitária, lembrando que, em Gaza, as famílias têm apenas quatro horas de eletricidade por dia, a água potável é cara e difícil de encontrar. E em um mês, quando começa o ano letivo, milhares de famílias não terão como comprar material escolar para seus filhos.

McGoldrick, Heenan e Boutin também deploraram o “uso muitas vezes cínico das crianças na retórica política e propaganda de todos os lados” e a exposição de crianças à violência.

A nota termina com um apelo “a Israel, bem como à Autoridade Palestina e às autoridades do movimento Hamas em Gaza, para colocar os direitos das crianças à frente de quaisquer outras considerações e tomar medidas imediatas para aliviar o seu sofrimento.”

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