Um relatório da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que “nada de anormal” foi visto pelos agentes da corporação entre os municípios de Queda do Iguaçu, no oeste do Paraná, e Laranjeiras do Sul, na região central do estado, onde houve o ataque à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na terça-feira (27).
O relatório é uma parte da investigação. A Polícia Civil está fazendo uma varredura no trecho da estrada e ouvindo testemunhas. Peritos do Instituto de Criminalística examinaram o ônibus na noite de terça, e o laudo deve ficar pronto nos próximos dias. Ainda não há suspeitos identificados.
De acordo com a PRF, carros caracterizados e descaracterizados da corporação acompanharam o percurso entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul.
Na terça, dois ônibus da caravana foram atingidos por três tiros. Um dos veículos levava convidados, e outro transportava jornalistas do Brasil e do exterior.
Lula estava em um terceiro ônibus, o primeiro do comboio. A informação inicial era de que, no momento dos disparos, o ex-presidente estava na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFSS), em Laranjeiras do Sul, mas o PT informou posteriormente que ele estava em um dos veículos. Ninguém ficou ferido.
De acordo com o delegado da Polícia Civil Hélder Lauria, o caso é investigado como disparo de arma de fogo com dano provocado.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) também está investigando o caso, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 2ª Promotoria de Justiça de Quedas do Iguaçu.
Nesta quarta-feira (28), o procurador Olympio de Sá Sotto Maior Neto, coordenador da área de Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná (MP-PR), citou tentativa de homicídio ao comentar os ataques à caravana.
Repercussão
Pré-candidatos à Presidência da República se manifestaram sobre o ataque à caravana de Lula, assim como demais políticos e autoridades.
O presidente Michel Temer criticou o ataque, afirmando que foi uma “pena” que tenham ocorrido os disparos. Segundo Temer, o fato cria um clima de “instabilidade”.
Em seu perfil oficial no Twitter, Lula repudiou a sequência de atos violentos.
“A nossa caravana está sendo perseguida por grupos fascistas. Já atiraram ovos, pedras. Hoje deram até um tiro no ônibus”, informou o post.
G1
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