Em menos de três minutos, o PMDB oficializou na tarde desta terçafeira (29) sua saída do governo. Aos gritos de “Brasil para frente, Temer presidente” e “Fora PT”, o partido aprovou, em reunião presidida pelo vice-presidente do partido, Romero Jucá, uma moção que determina a entrega de todos os cargos no Executivo e a punição de quem desobedecer isso. Jucá leu a moção, de autoria do diretório regional da Bahia, assinada por Geddel Vieira Lima.
O texto fala em “imediata saída do PMDB do governo com entrega dos cargos em todas as esferas do Poder Executivo Federal, importando a desobediência a esta decisão em instauração de processo ético contra o filiado”. A votação ocorreu de forma simbólica.
Nos bastidores, foi decidido que não haveria exposição dos peemedebistas que se posicionassem contrários à decisão.. “A partir de hoje, nessa reunião histórica, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma e ninguém no país está autorizado a exercer qualquer cargo em nome do partido do PMDB”, afirmou Jucá. Peemedebistas frisaram, contudo, que “a partir de hoje” é uma colocação simbólica.
Segundo o ex-ministro Eliseu Padilha, no entanto, “a decisão é a partir de agora”. Nos bastidores do partido, ficou combinado que as cadeiras ocupadas pelo partido na Esplanada dos Ministérios devem ser entregues até 12 de abril
Jucá reiterou, ao final, que cada caso será avaliado separadamente, podendo inclusive, serem avaliadas as reivindicações de alguns ministros, como Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) de se licenciar do partido.
Padilha disse, no entanto, que a licença não está prevista no estatuto da legenda. “Se houver o pedido, por óbvio vai ser avaliada essa possibilidade. Só devo antecipar que, pelo que analisei, não há essa previsão no estatuto da legenda”, disse.





