Bolsa tem 9ª alta e novo recorde com ajuda de Petrobras e Vale

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Em dia de agenda esvaziada, commodities como petróleo e minério de ferro ajudaram a impulsionar as ações da Petrobras e da Vale, respectivamente, e levaram a Bolsa brasileira a atingir a 9ª alta seguida e novo recorde nominal nesta segunda-feira (26). O dólar fechou em baixa e terminou cotado a R$ 3,23.

O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, subiu 0,41%, para 87.652 pontos. Foi o quinto recorde nominal consecutivo. Se corrigida pela inflação, porém, a máxima de 73.516 pontos de maio de 2008 ainda estaria bem acima do atual patamar, equivalendo a cerca de 130 mil pontos.

O dólar comercial fechou em baixa de 0,27%, para R$ 3,233. O dólar à vista caiu 0,01%, para R$ 3,237.

Sem grandes notícias no dia, os investidores acompanharam o mercado internacional, que também fechou no azul. Na Europa, os principais índices subiram: Londres teve alta de 0,62%, Paris avançou 0,51% e Frankfurt se valorizou 0,35%.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subiu 1,58%. O S&P 500 se valorizou 1,18%, e o índice da Nasdaq avançou 1,15%.

​No cenário doméstico, os investidores analisaram o mais recente Boletim Focus, que reduziu mais ainda a projeção para a inflação neste ano —está em 3,73%— após o IPCA-15 subir 0,38% em fevereiro, abaixo do esperado por analistas.

O resultado levou analistas a verem uma nova redução de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), em março. A mediana do grupo dos cinco analistas que mais acertam está em 6,63% ao ano, o que sugere nova queda da taxa Selic. Para o fim do ano, porém, a perspectiva para o juro foi mantida em 6,75%.

AÇÕES

Aqui, a alta da Bolsa foi conduzida pelas ações de empresas ligadas a commodities.

Os papéis da Petrobras e da Vale registraram valorização de cerca de 2% e impulsionaram o Ibovespa.

As ações preferenciais da estatal subiram 1,89%, para R$ 21,52. Os papéis ordinários avançaram 2,34%, para R$ 23,18.

A alta ocorreu na esteira do avanço dos preços do petróleo. A commodity subiu nesta segunda-feira, atingindo uma máxima de três semanas, apoiada pela forte demanda dos Estados Unidos e por comentários da Arábia Saudita de que continuaria a reduzir a produção, alinhada com os esforços liderados pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

As ações ordinárias da Vale subiram 2,86%, para R$ 47,40, em dia de alta dos preços do minério de ferro.

Das 64 ações do Ibovespa, 35 subiram, 28 caíram e uma fechou estável.

A Magazine Luiza liderou as altas do índice, com avanço de 8,43%. A CSN se valorizou 6,04%, e a Usiminas subiu 4,51%.

Na ponta contrária, a CCR recuou 10%. Na sexta-feira, o jornal “O Globo” informou que o empresário Adir Assad disse em delação premiada que teria pago comissão ao ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, em esquema de corrupção a que é atribuído o envolvimento do grupo CCR.

A empresa, no entanto, afirmou que segue “rigorosamente legislações vigentes e normas de conduta previstas no Código de Conduta Ética da Companhia e na Política da Empresa Limpa”.

A Hypera (ex-Hypermarcas) caiu 4,57%, e a Ecorodovias se depreciou 4,30%.

No setor bancário, as ações do Itaú Unibanco caíram 0,11%. Os papéis preferenciais do Bradesco terminaram estáveis, e os ordinários recuaram 0,21%. O Banco do Brasil subiu 1,46%, e as units –conjunto de ações– do Santander Brasil subiram 0,47%.

 

Folhapress

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