A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) divulgou nesta terça-feira (21) o resultado da Reunião de Análise e Previsão Climática para a Região Nordeste do Brasil para os próximos três meses. De acordo com o Gerente de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, “a média de chuvas no semiárido deve girar em torno de 500mm, o que não será suficiente para encher os grandes reservatórios, mas garante uma boa recarga de água nas pequenas bacias”.
Na análise das condições oceânicas e atmosféricas, os meteorologistas concluíram que um fenômeno que influencia as chuvas, o La Niña, pode “perder forças” no período estudado, o que contribui para a normalidade das chuvas. “O enfraquecimento do Fenômeno La Niña ocorreu de acordo com os resultados dos modelos de previsão de anomalia de TSM, e a condição de neutralidade deverá prevalecer no Oceano Pacifico equatorial nos meses de março, abril e maio”.
Destacaram também que “no Oceano Atlântico, as águas estão mais aquecidas do que o normal em toda a bacia tropical”, o que significa que as áreas mais ao norte da região serão beneficiadas com as chuvas e as mais ao sul da região serão pouco influenciadas pelas chuvas deste sistema meteorológico.
No mês de março a reunião dos especialistas acontecerá em Pernambuco, quando será divulgado o prognóstico para a quadra chuvosa de abril a junho para o Nordeste.
Colapso hídrico no RN
O Rio Grande do Norte passa atualmente pela mais longa e severa estiagem da história do estado. Dos 167 municípios do estado, 153 estão em situação de emergência. De acordo com dados da Companhia de Águas e Esgotos do estado (Caern), o abastecimento foi cortado em 18 cidades. Em outras 76, sistemas de rodízio foram adotados.
