Fuga no presídio federal de Mossoró fez polícia descobrir quem chefia o Comando Vermelho no RN

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A apuração da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) sobre a inédita fuga de dois detentos do presídio federal de segurança máxima em Mossoró revelou a existência de uma célula organizada do Comando Vermelho (CV) no estado. O grupo, até então desconhecido pelas autoridades locais, era considerado apenas aliado do Sindicato do Crime, facção que atua no Rio Grande do Norte em confronto com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

As investigações levaram à identificação de João Carlos de Almeida Bezerra, conhecido como JC ou Dog, apontado como liderança do Comando Vermelho no estado. Ele segue foragido e, segundo áudios interceptados, estaria em uma comunidade no Rio de Janeiro dominada pela facção.

JC foi um dos alvos da Operação Red Dots, deflagrada em 11 de março. A operação apura crimes como organização criminosa armada, tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, tortura e homicídio. Também foram identificados outros integrantes do CV e o principal fornecedor de drogas da facção no estado, conhecido pelo apelido de Conterrâneo.

Um relatório da investigação aponta que “a partir destas duas lideranças, foram identificados seus operadores financeiros – testas de ferro que fornecem e movimentam conscientemente suas contas bancárias em prol das atividades ilícitas do grupo criminoso”. As movimentações bancárias permitiram o rastreamento de distribuidores de drogas vinculados ao CV no Rio Grande do Norte.