A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu nesta quarta-feira (28) a divisão em quatro inquéritos da maior e principal investigação da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a que apura se existiu uma organização criminosa com a participação de políticos e empresários para fraudar a Petrobras.
O chamado “inquérito-mãe” da Lava Jato tem oficialmente 39 investigados – a maioria do PP. Em maio, houve um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot para inclusão de mais 30 nomes, principalmente ligados ao PT e ao PMDB, entre os quais o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em razão de reclamações de advogados, que contestavam a inclusão de seus clientes na investigação, o ministro Teori Zavascki consultou o procurador-geral Rodrigo Janot para saber se pretendia reavaliar os termos do pedido.
Em resposta ao ministro, Janot manteve os pedidos e solicitou a divisão do inquérito em quatro partes para agilizar a investigação.
Em um dos inquéritos, Janot quer investigar separadamente a atuação do PT. Em outro, a do PP. Em um terceiro, a do PMDB da Câmara e, no quarto, a do PMDB do Senado.
Para o procurador-geral, embora tenham indicado um esquema de corrupção amplo na Petrobras, as investigações apontam também para a existência de subesquemas, na qual cada partido dominava uma diretoria e atuava em desvios nos contratos.
De acordo com as investigações, o PP atuava para desviar valores da Diretoria de Abastecimento. A partir daí, havia pagamento de propina a políticos do partido. Segundo a denúncia, o PT atuava nos contratos da Diretoria de Serviços e o PMDB, na Diretoria Internacional.
