Inconstitucional e impróprio, o pedido feito pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior de proteção das Forças Armadas diante das manifestações previstas para Porto Alegre no dia 24, quando o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) inicia o julgamento do recurso contra a condenação do ex Lula, empolgou o PT.
Deu vida e publicidade a um calendário de atos que ficaria restrito a fiéis e aos movimentos autodenominados populares, permitindo mais eco ao que o partido faz de melhor: construir verdades que contrariam os fatos e fomentar o ódio como se pregasse a paz.
A reação do PT à asneira do alcaide tucano é um dos pontos de destaque de um comunicado oficial, divulgado na quinta-feira. “Se paira alguma ameaça sobre os cidadãos de Porto Alegre, é o autoritarismo do prefeito, evocando fantasmas de um tempo de exceção e de arbítrio”. Um exagero de forma e conteúdo, ainda que o prefeito eleito no ano passado tenha tropeçado feio.
A interpretação forçada é de pequena monta se comparada com outros trechos do documento, cujo mote é a convocação para as “jornadas” em defesa do ex-presidente Lula. Já na primeira linha o PT expõe sua visão particular de democracia, limitando-a aos apoiadores do ex.
Noblat – Veja
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