O Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, ligado ao Ministério dos Direitos Humanos, divulga nesta quarta-feira dados sobre o desaparecimento de 72 detentos nas cadeias do Brasil.
Os números estarrecem pois se referem ao período posterior às rebeliões nos presídios, ou seja, quando, no Rio Grande do Norte, houve intervenções no sistema prisional.
Mais ainda: segundo antecipou Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, dos 72 presos, 64 sumiram no Rio Grande do Norte.
A versão oficial é de fuga, mas o órgão levanta outra hipótese, a de os casos envolvem, segundo Bergamo, desde a omissão criminosa do Estado – ao não exercer sua obrigação de empreender investigação e buscas de corpos – até suspeitas fundadas em fortes indícios de práticas de homicídios envolvendo agentes públicos, passando inclusive pela ocultação de cadáveres.
