A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo crime de corrupção passiva, por ele ter, segundo as investigações, usado da influência do mandato que exercia para favorecer o pagamento de propina da Odebrecht a um sobrinho, Taiguara Rodrigues. De acordo com a PF, a propina foi de R$ 20 milhões.
Além do ex-presidente Lula ser indiciado, Taiguara , Marcelo Odebrechet e mais sete executivos da empreiteira também foram indiciados por corrupção e lavagem de dinheiro. O indiciamento teve como base investigações da Operação Janus, que apura irregularidades no financiamento do BNDES para obras da Odebrecht em Angola.
De acordo com as investigações, a empresa da qual Taiguara é sócio, a Exergia, fechou contrato com a Odebrecht em Angola graças à influência de Lula. Por telefone, a assessoria do Instituto Lula informou que a defesa não teve acesso ao documento de indiciamento, e negou irregularidades nas contas do ex-presidente.
A Operação Janus é um desdobramento do inquérito aberto em julho de 2015, a pedido da Procuradoria da República no Distrito Federal para apurar suposto tráfico de influência internacional do ex-presidente. Os investigados na operação são suspeitos de terem cometido crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro, informou a assessoria da PF.
