Recursos da Petrobras caem 77% no RN

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Operando na bacia potiguar desde a década de 70, a Petrobras vive por uma das maiores ondas de desinvestimentos dos últimos dez anos no Estado, tendo chegado em 2016 com apenas 22,5% do valor que, em 2009, era investido no RN. Se, em 2009, o Estado já chegou a receber US$ 906 milhões para suas unidades de produção, em 2015 o valor recebido foi de US$ 430 milhões, menos da metade. Em 2016, a situação ficou ainda mais crítica, com previsão de apenas US$ 204 milhões, informações do Serviço de Informação ao Contribuinte Nº02574/2016, da própria Petrobras.

A queda dos valores é parte de um programa nacional de desinvestimentos já previstos pela empresa e divulgados através de seu Plano de Negócios e Gestão para o período de 2017-2021, que vai englobar a venda de ativos, redução de gastos com pessoal, e o aumento da participação do pré-sal, que tem maior custo de extração, na carteira de investimentos. As medidas afetam diretamente o Rio Grande do Norte, um dos maiores produtores de petróleo em terra do país.

Apesar da extração de petróleo e gás do RN corresponderem a apenas cerca de 2% da produção nacional, para o Estado as atividades da empresa têm um peso significativo, correspondendo sozinha a 40% do Valor Bruto da Produção Industrial (VBPI) do RN. Além da geração de empregos diretos e indiretos, do ponto de vista tributário, a indústria do petróleo e gás também tem sua relevância para os municípios potiguares, com a arrecadação de tributos como o Imposto de Circulação Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto Sobre Serviços (ISS).