O Sinsenat distribuiu à imprensa uma nota controversa em que relaciona o suicídio de Ailton Maciel, assistente social, a assédio moral na Semthas.
Maciel morreu nesta segunda. Ele estava em processo de transição de identidade sexual e relatou ao sindicato assédio na pasta em que trabalhava, conforme a nota abaixo:
SINSENAT LAMENTA FALECIMENTO DO COMPANHEIRO AÍLTON MACIEL E REPUDIA PRÁTICA DE ASSÉDIO NA SEMTAS
Nesta segunda-feira (12), amanhecemos com a notícia do falecimento do companheiro Aílton Maciel, servidor da Semtas e participante assíduo das atividades de luta do Sinsenat. Neste momento de tristeza, lembramos, com pesar, que Aílton já havia denunciado, em assembleia sindical realizada no dia 28 de fevereiro, a prática de assédio moral sofrida por ele na secretaria.
Aílton foi imediatamente encaminhado para a assessoria jurídica da Entidade e atendido pelo advogado Hélio Miguel dos Santos. No atendimento, relatou ter aberto um processo administrativo solicitando a mudança do local de trabalho justamente pela situação de assédio vivida. A Semtas não só negou seu pedido, como abriu um procedimento dentro do processo para declará-lo incapaz de exercer o cargo de assistente social, agravando ainda mais o seu estado psicológico.
A assessoria jurídica solicitou as cópias do processo para anular, judicialmente, o procedimento aberto pela Semtas. Os documentos seriam trazidos pelo companheiro, no entanto, não houve tempo.
O Sinsenat destaca que a prática recorrente de assédio moral na Semtas já foi alvo de diversas denúncias e atividades de protesto, como a realizada pelo Sindicato em 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Mais uma vez, fica evidente o resultado danoso de um ambiente de trabalho tóxico para a saúde dos servidores. Desta vez, chegou às piores consequências. Nos perguntamos: quantos servidores ainda precisarão adoecer até que haja o mínimo, o RESPEITO.
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