O presidente Michel Temer quer que o PMDB do Senado resolva a disputa interna pelo comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que possa anunciar com tranquilidade seu indicado para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em substituição a Teori Zavascki, morto num acidente de avião no dia 19 de janeiro. O Palácio do Planalto espera que o nome seja aprovado rapidamente e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), já disse que dará celeridade à sabatina do indicado na CCJ e à votação em plenário.
Temer está fazendo as consultas finais a aliados e integrantes do Poder Judiciário, incluindo ministros do STF, com a preocupação de que o nome escolhido não lhe traga ainda mais desgaste. A tendência é anunciar o nome amanhã. No mesmo dia, o PMDB do Senado deve resolver a disputa pela CCJ, comissão que fará a sabatina do indicado.
“Há muitas opiniões. O presidente não quer ter um grande desgaste com essa nomeação”, disse um dos interlocutores de Temer.
Temer tende a escolher alguém “já testado”, segundo fontes do Planalto. Ou seja, um magistrado que já esteja em um dos tribunais superiores. Entre os cotados estão o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Filho, e os ministros João Otávio Noronha e Luis Felipe Salomão, ambos do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
