Reunião define os usos das águas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves para o ciclo 2025-2026

Compartilhar paraShare on FacebookTweet about this on TwitterShare on Google+Share on LinkedIn

O Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), do Instituto de Gestão das Águas (Igarn), da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) e da Emater-RN, participou nesta terça-feira (8) da reunião de alocação de águas dos sistemas hídricos Armando Ribeiro Gonçalves e Mendubim. O encontro foi promovido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), por meio da Superintendência de Regulação de Usos de Recursos Hídricos (SRE), em parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó–Piranhas–Açu (CBH PPA).

Realizada no auditório da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no campus avançado de Assú, a reunião reuniu representantes de diversos órgãos técnicos e instituições da sociedade civil, como DNOCS, irrigantes, associações comunitárias, conselhos municipais, sindicatos rurais e membros da Comissão de Acompanhamento da Alocação de Água (CAAA).

A pauta incluiu a avaliação do ciclo anterior, a apresentação de cenários de alocação de vazões para o período 2025-2026, a formação da nova Comissão de Acompanhamento da Alocação de Águas do Sistema Hídrico e a definição do novo Termo de Alocação.

Durante a reunião, o diretor-presidente do Igarn, Procópio Lucena, destacou que, dos 70 reservatórios monitorados pelo Instituto, apenas dois mantiveram o volume registrado no ano anterior. Os demais apresentaram redução. De 2024 pra 2025 tivemos uma redução de mais de 1 bilhão de metros cúbicos de água no RN! Diante desse cenário, Lucena defendeu que o uso da água seja guiado por critérios técnicos e pela consciência coletiva: “Não sabemos como será em 2026. Por isso, é fundamental que cada gota seja bem utilizada”, alertou.

Ele também ressaltou a importância do diálogo entre os entes federativos e da participação ativa da sociedade na construção de soluções que garantam a segurança hídrica do estado.

Ao final da reunião, foi definida uma vazão máxima de 10.300 litros por segundo para os múltiplos usos da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, distribuída da seguinte forma:

298 l/s para o abastecimento público na própria barragem (ARG);

700 l/s para o abastecimento público do rio Açu e da região a jusante;

90 l/s para o abastecimento público do canal do Pataxó;

30 l/s para demais usos na ARG;

6.308 l/s para usos diversos no rio Açu e áreas a jusante;

1.058 l/s para demais usos do canal do Pataxó;

1.804 l/s destinados à perenização do rio Açu.

A participação ativa dos órgãos estaduais reforça o compromisso com a gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos, essencial para a segurança hídrica e o uso racional da água no Rio Grande do Norte.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *