Catar vive do petróleo, do gás e em desigualdade, diz professor

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A vista do Golfo Pérsico de quem chega ao aeroporto internacional de Hamad é o cenário de entrada dos turistas no Catar, país que tem os olhos do mundo inteiro a partir deste domingo (20). Ao sediar a Copa do Mundo, o lugar, que tem área menor do que Sergipe e uma população de quase três milhões de pessoas, tem uma economia dependente do petróleo e do gás, e agora busca atrair mais turistas, conforme explica o professor Antônio José Barbosa, pesquisador em história contemporânea da Ásia.

O docente aposentado da Universidade de Brasília (UnB) entende que hoje a marca mais profunda do país é, além do calor, a profunda desigualdade entre ricos e pobres, e a falta de liberdade dos seus cidadãos. “Trata-se de uma ditadura, aliás, como todas as monarquias muçulmanas do Oriente Médio. Não existe eleição e não pode haver partido político funcionando”. Em relação a costumes, as tradições islâmicas devem ser seguidas à risca.

“O maior problema, sobretudo, é em relação à situação de exclusão das mulheres. Para nós, no mundo Ocidental, é inaceitável. A Copa do Mundo não vai alterar as condições internas do Catar. Vai continuar sendo uma ditadura e em grande desigualdade”. O professor contextualiza que o Catar é um dos quatro países mais ricos do mundo e, no entanto, paga-se um salário pequeno para os trabalhadores menos qualificados.

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