Mais de R$ 5 milhões de dinheiro público foram desviados, segundo o Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Norte, em convênios firmados pelos ministérios do Trabalho e Emprego e do Desenvolvimento Agrário com o Instituto Êpa! e a Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos (CTA). Treze pessoas foram denunciadas por envolvimento no esquema.
Segundo o Ministério Público, os R$ 5.429.454,73 foram desviados de setembro de 2006 a outubro de 2011. Aurenísia Celestino, presidente do Êpa! na época dos crimes, é acusada de comandar o esquema. A denúncia também cita seus irmãos Cid e Ciro Celestino, o primeiro, diretor financeiro do instituto, e o segundo, diretor da CTA.
Os recursos desviados eram oficialmente destinados à qualificação profissional da população mais pobre e ao desenvolvimento da agricultura familiar e do campo, nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
A investigação do MPF começou em maio de 2010, com fiscalização realizada pela Controladoria Geral da União (CGU). A Polícia Federal deflagrou a “Operação Êpa!” em dezembro de 2011. Nas buscas, foi encontrada, na sede da CTA, uma espécie de cartilha de como fraudar uma proposta em uma licitação ou cotação.
