Luiz Fernando Pezão está perto de ser o primeiro governador denunciado pela Lava-Jato.
O ministro do STJ Luis Felipe Salomão deferiu recentemente um pedido do MPF para que Carlos Miranda, ex-operador de Sérgio Cabral, e Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Construtora, sejam ouvidos no inquérito aberto em setembro a pedido da PGR com base na delação da empreiteira.
Serão os dois últimos a depor. A partir daí, o MPF terá 30 dias para decidir se denuncia Pezão, suspeito de ter recebido, por fora, R$ 20 milhões da Odebrecht em sua campanha.
Ninguém que acompanha o processo tem dúvida de que os procuradores o denunciarão. Se o Judiciário aceitar a denúncia, Pezão passa formalmente à condição de réu.
Não bastasse esse problema, Pezão ainda terá outra novidade dura pela frente. O STF deve, justamente neste período, mudar o entendimento sobre o foro privilegiado.
Se isso acontecer, o governador do Rio de Janeiro pode deixar de ser julgado pelo STJ e ir para a primeira instância. O que, neste caso, significa cair nas mãos de Marcelo Bretas.
O Globo
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