O governo federal insiste numa estratégia envelhecida e equivocada para ajustar as contas em 2016: aumentar a arrecadação, antes de mostrar disposição para cortar seus gastos e eliminar suas ineficiências. As mudanças em gestação teriam impacto danoso principalmente sobre o setor de serviços, que emprega 20 milhões de pessoas.
Estimativas iniciais das empresas do setor indicam que a maior carga de tributos resultaria em elevação de preços dos serviços entre 3,2% e 5,5%, num momento em que a inflação chega aos 10,5% em 12 meses.
A proposta mais recente de mudança foi apresentada pela secretaria da Receita Federal. Que defende uma reforma na cobrança do PIS e da Cofins (o tributo para os Programas de Integração Social e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), ambos incidentes sobre a receita das empresas.