O Partido dos Trabalhadores (PT) entregou no Setor de Protocolo, no térreo da Governadoria, no final da tarde desta quinta-feira (13), o pedido de exoneração de seis secretários e de um secretário adjunto, oficializando o rompimento do partido com o governo Robinson Faria (PSD), um dia depois do seu filho, o deputado federal Fábio Faria, ter anunciado que votará favoravelmente ao impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.
Nenhum dirigente ou membro da Executiva Estadual do PT foi à Governadoria entregar a documentação, que foi levada pela assessora de imprensa do partido, Rosa Moura. Por enquanto, o PT pediu a exoneração dos secretários Francisco das Chagas Fernandes (Educação e Cultura), Raimundo da Costa Sobrinho (Assuntos Fundiários e Reforma Agrária), Maria Teresa Freire da Costa (Políticas para Mulheres), Berna Barros de Azevedo (Políticas para a Juventude), além de dois dirigentes de órgãos públicos, o diretor geral da Emater, César José de Oliveira e o diretor geral da Fundação José Augusto (FJA), Joaquim Crispiniano Neto, além do secretário adjunto de Reforma Agrária, Juliano Siqueira.
O presidente estadual do PT, Eraldo Paiva, disse que a decisão dos membros da Executiva Estadual “foi unânime”, inclusive tendo o apoio incondicional de todos os auxiliares de primeiro escalão do governo Robinson Faria. Paiva disse que o PT entendeu que “o PSD está sendo co-autor do golpe”, que está sendo perpetrado contra a presidenta Dilma
Eraldo Paiva disse, ainda, esperar que o filho do governador, Fábio Faria, tenha a mesma postura e coerência que o PT teve, de entregar imediatamente os cargos que vinha ocupado no governo Robinson Faria, como é o caso da superintendência regional da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) “e todos os demais cargos federais que o PSD ocupa no Rio Grande do Norte”.
